

Apometria x Resgate da Alma
Uma explicação para aquelas pessoas que talvez não entendam a utilização da técnica apométrica junto com assuntos voltados para o xamanismo.
Em primeiro lugar, utilizando as próprias palavras de Milton Tafarello, que trabalhou junto com o Dr. Lacerda (médico que difundiu a apometria) na década de 60, afirma que as raízes da apometria estão bem distantes: é uma técnica utilizada nos templos atlantes de magia branca, mas com outra denominação.
A apometria trabalha com a abertura do campo vibracional e também com o desdobramento dos corpos para se encontrar o local do problema ou onde está a desarmonia na pessoa atendida.

Isto inclui uma viagem para o interior da pessoa, analisando as personalidades (aspectos de outras vidas que permanecem ativos influenciando a encarnação atual), que já é comprovado pela epigenética que traumas familiares de até 8 gerações são transmitidos e influenciam na atual existência. E também temos as subpersonalidades (aspectos desta vida que permanecem ativos influenciando a atual existência), que inclui traumas de infância, abusos, bullying e vários outros aspectos.
Por outro lado, em tradições xamânicas, temos uma técnica conhecida pelo nome de resgate da alma. Neste caso, traumas, separações, perdas e várias situações que podem acontecer em nossas vidas, fazem com que partes de nossa alma se destaquem e fujam para a realidade incomum, deixando o indivíduo enfraquecido, desalentado ou com medo, podendo ter ou não consciência da causa de seu problema.
Vamos dar um exemplo para ficar mais claro. Imagine um menino que, aos quatro anos de idade, presenciou a morte do seu pai. Esse evento provocou um sentimento de perda extremamente acentuado. Esse sentimento não é apagado com o esquecimento da experiência, mas permanece inconsciente e existindo dentro dele, até que de alguma forma esse conteúdo emocional venha à tona e seja descarregado através de certos mecanismos. Em nossa vida prática, existem muitas situações que podem nos ajudar a fazer esse sentimento vir à tona, nos provocar intensa emoção e nos obrigar a aprender a lidar com essa vivência mal resolvida.
Vamos supor que esse mesmo menino, após ver um filme, onde outro menino como ele, perde seu pai, de forma muito similar, entra em choque emocional e passa a sentir-se extremamente mal e não sabe o motivo desse sentimento. Por analogia e associação, o psiquismo do menino, ao ver o filme, ativou a mesma representação inconsciente da perda do pai, despertando as memórias adormecidas de toda a emoção da perda paterna. Como se diz em Psicologia: ele projetou na situação vivida por outro menino um sentimento real que ele não percebia nele mesmo, e por não reconhecer isso dentro de si, acabou projetando.
Esse menino de quatro anos desenvolveu, a partir do evento negativo, uma subpersonalidade do “menino que perdeu o pai”, ou uma subpersonalidade de perda. A partir daí, caso a experiência não seja devidamente tratada, é possível que ele desenvolva (mas não necessariamente vai desenvolver) uma sensibilidade muito grande em relação a qualquer perda. É comum que o sentimento se generalize e passe a englobar diversos tipos de perda, como afetiva, profissional, situacional etc. Esse “menino que perdeu o pai” pode continuar existindo de forma autônoma, dentro do psiquismo do indivíduo. A ideia da subpersonalidade é muito semelhante a ideia junguiana de complexo.
Em outras palavras, esse menino perdeu em algum lugar de seu inconsciente ou de seu subconsciente, fragmentos dele próprio que até então estavam em harmonia, constituindo um estado de saúde e entrou no lugar, um pedaço desarmônico, que irá constituir um estado patológico em algum momento provavelmente.
Quando realizamos clinica e individualmente, tanto a apometria quanto o resgate da alma, percebemos que sua atuação é muito similar, pois a resolução das subpersonalidades, personalidades e dos fractais de alma perdidos, seguem as mesmos caminhos a serem percorridos para serem resolvidos e trazer de volta a saúde, o equilíbrio e a harmonia para uma pessoa.
São técnicas diferentes, com elementos diferentes, mas resultados similares, que trabalham com a linha de ancestralidade das pessoas.
Não existe mágica, existe vontade e intenção de uma pessoa para que realmente seja resolvido todos os entraves criados por nós mesmos ao longo de nossa existência.