

Bora
Os Bora são um grupo indígena dispersos por regiões da Amazônia no Peru, Colômbia e Brasil, entre os rios Napo e o Içá ou rio Putumayo, cujas línguas pertencem à família linguística bora. São aproximadamente 1700 pessoas.
Segundo sua visão de mundo, são pertencentes à cultura dos filhos do fumo, da coca e da mandioca. Muitas de suas tradições são compartilhadas com os povos indígenas Uitoto, Muinane e Ocaina.
Este povo vivia em malokas octogonais. Essas casas comunais funcionavam como residência de várias famílias nucleares unidas por laços de parentesco e também como espaços rituais que representavam seu microcosmo. Atualmente os assentamentos, em oo

alguns casos multi étnicos, agrupam segmentos da classe distribuídos em sua maioria em populações nucleadas. A maloka serve como local cerimonial.
Os Bora, tradicionalmente, praticam o ritual de nascimento. O pai simula o papel da mulher e permanece em repouso por vários dias após o parto; isso é conhecido como covada.
O resultado das condições históricas da região que determinarão múltiplas adaptações culturais, poucas delas existem hoje. Uma de suas principais funções é orientar a construção de tambores masculinos e femininos denominados "maguare". O toque do tambor é conduzido por um especialista que segue um ritual de corrida para tal.
O grupo é dividido em classes patrilineares e exogâmicas. Da mesma forma, os Bora proíbem o casamento entre irmãos e preferem aliar-se às mulheres Miraña. Sua descendência clássica é patrilinear e sua residência é patrilocal. Os clãs Bora que predominam desde o século XIX são os Zogui-Zogui, Arara Vermelha e Canangucho.
Politicamente, o Capitão é a figura sobre a qual assentam as autoridades desde as primeiras décadas do século XX. Desde a constituição de 1991, foi adotado o conselho, formado por uma família extensa e um ou mais capitães de acordo com a comunidade.