

Codex Osuna
Codex Osuna é um códice asteca em papel europeu, com pictogramas indígenas e texto náuatle alfabético de 1565. Tem sete partes, sendo a maioria de conteúdo voltado a um tributo, e uma parte com conteúdo histórico. Recebeu o nome do nobre espanhol Mariano Francisco de Borja José Justo Téllez-Girón y Beaufort-Spontin, décimo segundo duque de Osuna, em cuja biblioteca o códice foi mantido até sua morte em 1882. Em seguida, passou a fazer parte da coleção da Biblioteca Nacional de Madrid.
É parte de um processo dos indígenas de uma comunidade Nahua contra os espanhóis e um fragmento de um texto mexicano muito maior.
Os sete documentos separados cccc

foram criados para apresentar provas contra o governo do vice-rei Luís de Velasco durante o inquérito de 1563-66 por Jerónimo de Valderrama. Nesse códice, as lideranças indígenas reclamam o não pagamento de diversos bens e de diversos serviços prestados por seu povo, inclusive construção civil e ajuda doméstica. Um modesto fac-símile preto e branco foi publicado no México pelo Instituto Indigenista Interamericano em 1947, e reproduzido da edição de 1878 publicada em Madri. A edição mexicana inclui 158 páginas de documentação em espanhol encontrada no Archivo General de la Nacion (México) adicionada por Luis Chávez Orozco.
O códice era originalmente apenas de natureza pictórica. O texto nahuatl foi então inserido nos documentos durante sua revisão pelas autoridades espanholas, e uma tradução espanhola do nahuatl foi adicionada. O texto nahuatl foi traduzido por Ignacio M. Castillo e a paleografia espanhola traduzida para o espanhol moderno por María del Carmen Camacho.
A pictórica do fólio 471v (p. 198 da edição mexicana) mostra o vice-rei Don Luís de Velasco, com senhores indígenas em traje colonial para sua posição, bem como um tradutor nahuatl em traje espanhol. A ilustração é a capa da publicação clássica de Charles Gibson (historiador), The Aztecs Under Spanish Rule. Outros elementos pictóricos importantes incluem representações de espanhóis punindo indígenas (fólio 474v, página 204), listas de detentores de encomendas, incluindo aquelas revertendo para a coroa espanhola (fólios 496v - 498r; páginas 250-253); cultivo de cactos para a produção da cochonilha para a tinta vermelha (folio 500v, p. 258), e homens indígenas trabalhando em uma oficina têxtil ou obraje (folio 500v, p. 258). A última pictórica é de índios trabalhando para extrair e transportar pedras para a construção de uma igreja (fólio 501 v., p. 342), com queixa por escrito de que não foram pagos.
A edição mexicana de 1947 é complementada pela documentação em espanhol encontrada por Luis Chávez Orozco no Archivo General de la Nación, fornecendo informações contextuais para o pictórico Codex Osuna, e talvez seja a "parte perdida". A documentação espanhola inclui a revisão do mandato de um oficial indígena, e é típica da documentação oficial espanhola da época.