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Sieidi

Sieidis são itens culturais sami (grupo étnico nativo da Lapónia, um território abrangendo partes das regiões setentrionais da Noruega, Suécia, Finlândia e da península de Kola, na Rússia.), geralmente é uma rocha com formato incomum. Encontram-se na natureza em certos locais sagrados, por exemplo no mar, nas praias fluviais ou na montanha.

A palavra sieidi também foi usada para figuras de madeira que ofereciam proteção.

Cada pedra é diferente das outras e pode variar em forma e tamanho. Podem ser pequenas rochas abaixo de um metro de altura mas também pedras altas com mais de dez metros. Não têm formas específicas mas por vezes lembram características antropomórficas ou têm outras formas peculiares.

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A maioria dos sieidis que são reconhecidos hoje em dia são lembrados por causa de tradições orais ou escritas, mas muitos locais de sieidis provavelmente foram esquecidos.

Uma das características mais relevantes da paisagem sagrada sami, os sieidis, consistem em postes de madeira ou, mais comumente, em pedras não modificadas pelo homem. Muitos sofrimentos ocorreram em locais de sieidis, e estes sempre estiveram ligados à vida da população Sami.

Os Sami costumavam fazer oferendas para pedir ajuda aos sieidis, como por exemplo, quando surge uma doença ou também para atendimento nas tarefas e deveres do dia a dia. Um pescador oferecia peixe antes de ir pescar e outros da tribo ofereciam carne antes de ir caçar.

No livro “Hva vi tror på”, disponível em inglês; “ Em que acreditamos“, do sami Aage Solbakk, ele descreve que era comum levar uma rena para um sieidi, abatê-la, fervê-la e comê-la junto à rocha. Eles comeriam tudo, menos os ossos, que eram então deixados na rocha. Às vezes, a gordura era dada como oferenda. Também seria feito o uso do sangue da rena para untar a rocha. Os pescadores usariam óleo de peixe para fazer isso.

A relação entre essas pedras e a população foi considerada recíproca.

O sieidi está ligado ao xamanismo e ao reino de Sáivo, onde habitam todos os deuses, espíritos e ancestrais.

Era comum para as famílias vizinhas ou siidas – pessoas que viviam perto de um sieidi para compartilhá-lo entre diferentes pessoas. Também poderia haver sieidis que eram usados ​​apenas por famílias específicas.

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